Projecto-piloto para a recolha de orgãos arranca em breve

....

“Um fim pode representar um começo…”

A doação voluntária de órgãos permite que uma pessoa possa contribuir com os órgãos do seu próprio corpo para o bem-estar de outrem.

No âmbito da ética, as preocupações advindas desta prática recaem não só nas estratégias de promoção de doação de órgãos no intuito de ampliar o seu número, mas também nos requisitos de actuação que assegurem a integridade física e psicológica do dador bem como a sua dignidade pessoal. A solidariedade é desta forma um valor inerente a esta temática, uma vez que a pessoa ao saber que pode ajudar os que a rodeiam, vai ser sensibilizada para fazer o bem. Este é um espírito que nem sempre se encontra presente nos indivíduos, contudo tal não deve ser condenável, pois cada um é “senhor” do seu corpo e toma escolhas livres relativamente a ele.

Apesar desta prática revelar uma elevada taxa de sucesso, ao longo da abordagem deste tema podemos conhecer a triste realidade das longas listas de espera dos candidatos ao transplante de um órgão. É algo verídico que deve ser combatido, porque muitas vezes a longa espera leva a que muitos doentes morram antes de serem submetidos ao transplante de que necessitam.

"(...) Dai a minha vista ao homem que nunca viu nascer o sol, a face de um bébé ou o amor de uma mulher. Dai o meu coração a uma pessoa cujo coração só lhe causou dias intermináveis de dor. Dai o meu sangue ao jovem que foi arrancado ao naufrágio do seu carro, para que possa viver e ver os seus filhos brincarem. Dai os meus rins a quem depende de uma máquina, semana a semana, para existir."

O testemunho de Sandra, um caso de luta e coragem!

"Antes do Transplante: A Fibrose Quística foi-me diagnosticada apenas aos 27 anos e foi-me dito pela equipa medica de FQ de Santa Maria que teria apenas uma esperança de vida até aos 30 anos, que era uma doença degenerativa, sem cura. O meu mundo "acabou" nesse dia mas depois de muito esforço mentalizei-me que teria que viver a vida o melhor possivel; Aos 32 de pois de engravidar, tive o agravamento da função pulmonar e tive 2 pneumotorax´s expontaneos e fiquei a oxigénio 24 horas e meses internada. Os médicos diziam-me que ia melhorar até que um dia disseram-me que não havia nada a fazer e voltaram-me a dizer para me mentalizar que teria que viver assim e que teria no máximo 2 anos de vida com oxigénio. Nunca me falaram no Transplante Pulmonar, fui eu que tive que procurar na internet até encontrar a frase mágica - Transplante Pulmonar é a salvação para a FQ". Depois de muito batalhar (e apenas porque o tecto da sala de cirurgia de Santa Marta tinha caido) condegui reunir os argumentos para ir para a Corunha em Novembro de 2004, onde fiquei mais 8 meses e finalmente no dia 9 de Maio de 2005 fui transplantada. Antes do Transplante tive que cortar o cabelo à rapaz porque não tinha força para me pentear, a minha mãe tinha que me dar banho como se fosse um bebé, fiquei em cadeira de rodas e cheguei a pesar 39 kilos (tendo eu 1,63m), estava sempre internada e quase que pensaram meter-me um sonda gástrica que não foi possivel por estar tão magra "vomitava a sonda. Fazia planos para o meu filho e eram os meus pais que iam fazer com ele e depois eu via em video. Não podia brincar com ele, nem pega-lo ao colo, simplesmente não tinha forças para nada! Os fantasmas existem e tento afasta-los todos os dias mas posso dizer que finalmente tenho uma vida plena e feliz, cheia de energia, voltei-me a sentir gente, posso brincar com o meu filho, posso ter uma vida normal. Todos os cuidados que tenho que ter (como por exemplo uso de máscara quando tenho alguém constipado perto de mim, evitar multidões, sitios com fumo, ares condiconados) são migalhas tendo em conta que tenho uma VIDA NOVA. E é essa mensagem que quero transmitir a todos e ajudar as pessoas a não passar pelo mesmo que eu passei."


Já agora, convidamos a todos que passam por cá a visitarem o blog da Sandra http://transplantes-pulmonares.blogspot.com

Aqui fica um agradecimento especial da nossa parte :)

Órgãos que podem ser transplantados

Córnea
Coração
Pulmões
Rins
Fígado
Pâncreas

O que é um transplante?



É a transferência de um órgão ou tecido de uma pessoa (o dador), e implantação do mesmo, noutro local ou sujeito (o receptor) com a finalidade de restabelecer uma função perdida.